terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Destino

Hipoteticamente falando, eu poderia ter tentado mais um pouco. Abrir mão tão ridiculamente fácil de um algo que foi “tudo” uma hora pra mim e tornou-se “nada” logo depois não foi a mais sábia decisão que já tomei. Mas foi precipitada o bastante para me deixar na dúvida do que teria acontecido se não fosse assim. Se eu não tivesse escolhido você, não tivesse magoada o bastante para procurar outro alguém. Cedo demais. Basicamente, isso resume minha nova relação. Rápido, rápido, lento, rápido. Bom, muito bom, maravilhoso, médio, brigas, muito bom, bom. Maravilhoso. Retomando minha questão, talvez hoje houvesse lágrimas, sono, mágoa, raiva, carência, sofrimento, drama, drama e mais drama. Ou quem sabe tivesse voltado ao normal e minha vida se resumiria em incertezas e indagações sem fim ou respostas. Viveria novamente naquele é-nãoé, assume-nãoassume, liga-nãoliga, gosta-nãogosta. Restringindo-me ao que ele aprova ou não.
Hoje... Bem, hoje é um pouco diferente. Muito diferente, pra ser sincera. Eu posso tomar a decisão sozinha se quiser, mas opto por não querer. Divido meu livre-arbítrio com você. Com alguém que, por mera coincidência, simples jogo do acaso, apareceu pra mim um dia depois de minha vida virar de ponta-cabeça. Destino. Gosto de chamar assim. Convence-me de que nada é por acaso.
Enquanto você convence-me de que ninguém tem traçado no seu caminho o sofrer, ah não, isso é só para aqueles que permitem que ele entre. E eu permiti por tanto tempo. Levo mais uma bronca sua por pensar no passado. “Bobagem”, você diz. Passado é pra marcar o tempo que ficou, bom ou ruim, mas ficou. Falo com você, então, do futuro. Brinco descompassadamente sobre nós dois, querendo mudar seus planos agora, planos que foram feitos para apenas daqui três anos. “Ah amor, três anos passa rápido, não vou te deixar ir embora”, falo pra você, mesmo sabendo que nós dois, eu e você, essa nossa relação relâmpago, talvez não dure mais dois meses. Quem diria três anos. Mas mesmo assim, não houve promessas de amor ou ideias para o futuro. Gosto de você apenas por viver o presente, e fazer dele, para mim, o melhor possível. Ele? O passado? O “resto”? Acabou, meu amor, acabou. Só sua agora.

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