segunda-feira, 21 de junho de 2010

F&F - Falsidade e Futilidade

Na vida, através de nossas escolhas e atos, nos deparamos com centenas, até milhares de pessoas, muitas das quais não lembraremos depois de um tempo, talvez até no dia seguinte. Algumas marcam nosso caminho, deixam algo para ser lembrado: um cheiro, uma palavra, um gesto, um presente, um sorriso, um olhar, um carinho, uma mania. Outras simplesmente vêm e vão, se enquadrando na grande e básica maioria. Colegas, conhecidos, familiares, parentes, paixões, amores, amigos... Amigos. A base de toda nossa história, toda nossa confiança, aqueles cuja mão espera encontrar para apoiar-se quando sofrer uma queda. Amigos, apesar de não querermos, mudam com o passar do tempo. Talvez as circunstâncias os tirem de perto de você ou, felizmente, os tragam. Mas apesar de tudo, de todas as idas e vindas, das pessoas que entram e saem da nossa vida de um dia pro outro, das mudanças drásticas que vivenciamos diariamente, no fundo sabemos diferenciar os bons e verdadeiros amigos daqueles que não são tão bons assim. Podemos contar nos dedos aqueles que ficarão do seu lado quando seu barco estiver afundando e a água te afogando, são poucos, raros, mas únicos e fiéis. E muitas vezes, percorrendo nosso caminho, infelizmente temos que lidar com situações precárias e ilícitas, onde descobrimos da pior forma o verdadeiro caráter de uma pessoa, senão de várias. Como deve ser para alguém acordar de manhã confiando em tal fulano, principalmente para as mulheres que são muito mais ligadas entre si, sabendo que ele (a) leva consigo muitos dos seus segredos, e ter que dormir com a ideia de que ele deliberadamente “falava mal” de você no momento em que lhe dava as costas? Não é só decepção, é ceticismo, uma incredulidade que é desnecessariamente gerada.
Por mais triste que um acontecimento desses seja, ele não deixa em nenhum segundo de ser realista. Faz parte do dia a dia de muitas pessoas. Não sei o que leva alguém a se autodenominar superior ou melhor do que os outros, a ponto de ferir pelas costas os seus, até então, “amigos”. Surpreendo-me ao ter que ouvir o comentário egoísta de uma menina sobre a outra, julgando-a puta, vagabunda ou qualquer derivado desse mesmo significado, sem ter, ao menos, tido uma conversa com ela, olho no olho, sem conhecê-la nem um pouco. Eis a pergunta: o que é isso? Ciúmes? Inveja? Ou simplesmente falta de amor próprio? Porque nenhum ser humano, em sã consciência, tem direito ou moral para falar do outro, principalmente quando não consegue enxergar e reconhecer seus próprios erros, que nesse caso, são maiores e piores e afetam muito mais quem está ao seu redor. Pessoas que são tão sem personalidade e não possuem nenhum vestígio de caráter se escondem através de imagens falsas/perfis falsos para compartilhar a maldade e infantilidade com medo de mostrarem suas caras, e a partir do momento que são flagradas não tem a capacidade de arcar com as conseqüências nem assumir seus erros, mais uma prova de que de superiores não têm nada. E pior do que falar de alguém sem conhecer, é falar de quem você dizia ser amigo. É deixar a falsidade atingir a cabeça de uma forma irreversível, chegando a se tornar ignorância. Também me pergunto o que leva uma pessoa a ter vontade de “cuspir na cara” de outra, por um motivo não só inconsistente, como por fura futilidade. Futilidade. Muitos são bons o bastante pra se acharem melhores que os outros, mas não pra se garantir fútil. É claro, é muito mais fácil aceitar e repassar seus pontos fortes do que seus defeitos, por mais estampados que eles estejam na sua cara.
Há a inveja, como em todo lugar, que também não consigo deixar de fora desse tema. Inveja que faz um indivíduo não conseguir reconhecer a qualidade de outro, inveja tão forte que o obriga a ter que criticar um simples texto, como esse, por exemplo, sem ter nem a capacidade de conseguir fazer melhor, ou por não ter outro modo de atingir a pessoa desejada. Quando se faltam argumentos, tem que apelar. É pelo menos isso que aprendi como lição nos meus últimos dias, usando como exemplo infantilidades que ocorreram ao meu redor, e não só me afetaram, como amigos meus e até desconhecidos. E quando falamos nos outros, o mínimo que podemos fazer é respeitá-los. Falar mal, infelizmente, se tornou um ciclo vicioso para os adolescentes de hoje em dia, mas a consideração que, em minha opinião, deve ser básica além de necessária, é deixar a FAMÍLIA das pessoas de fora de fofocas. Novamente me questiono o que se passa por trás de tudo isso, o que se passa no interior de pessoas que se diziam confiáveis e queridas, como chegam ao desespero de ter que pegar fotos apenas para criticar e apelidar pessoas de gorda ou feia para conseguirem tem o mínimo de auto-estima. Sinto dizer, mas isso não é normal, é caso de psicólogo, a pessoa tem que se amar e se sentir auto-suficiente em primeiro lugar, e quem é assim não precisa rebaixar os outros para conseguir visualizar alguma qualidade sua.
Ainda temos a questão da FALTA de amigos. Normalmente saímos, conversamos e ficamos com quem nos agrada, quem nos faz bem e gostamos. As pessoas não escolhem grupinhos que sejam “convenientes” momentaneamente apenas para ter com quem sair. Se não gostam, não acham divertidos, é porque não dá certo. Por que não simplesmente ir atrás de alguém que te agrade e que seja teu amigo de verdade, que lhe dê prazer apenas por sua companhia? Muitos seres humanos não pensam desse jeito, escolhem o que consideram apropriado para a situação, sendo que quando tem uma brecha não perdem tempo para reclamar da falta de diversão ou para xingar a presença daqueles que gostam deles. E voltando a futilidade, convenhamos que gosto é gosto. Cada um tem o seu e isso é inevitavelmente indiscutível. Temos, por exemplo, a liberdade de escolha do nosso próprio esmalte. Quem são os outros para reclamar? Por acaso alguém pediu sua opinião? Se eu sou exceção e gosto de roxo na unha, enquanto tal grupo de meninas gostam só de laranja, elas não tem a autoridade de falar que meu esmalte é feio. Elas deveriam apenas olhar pro seu umbigo e ver que, enquanto sou a exceção da regra e sou única, elas são iguais e sem graça. E ninguém gosta disso. O mesmo vale para a falta de autoridade e moral para criticar o sorriso ou os dentes de alguém, sendo que a mesma pessoa que está sendo desfavorecida consegue ser mais bonita e mais sincera do que todos que falam mal dela. Muitas pessoas não aprendem nem errando, mesmo vendo tudo desabar ao seu redor não conseguem reconhecer seus erros e ainda sim encontrar e apontar os erros dos outros! Aprendi hoje com um amigo que você tem que ter princípios, e quem realmente não os tem, deveria rever seus conceitos. Não levem isso como um xingamento, uma indireta, até porque não sei como ser mais direta do que isso. Levem como uma critica construtiva pra vocês, como uma dica para melhorar sua vida e seus objetivos. E pensem duas vezes antes de abrir a boca pra falar de qualquer pessoa, pois a mentira sempre é descoberta e no final do baile a máscara sempre cai. Macacos me mordam!

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