quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Hoje me deu uma loucura. Deu saudade de pessoas que não vejo há tempo e outras que não falo há mais tempo ainda. Senti uma vontade absurda de falar coisas que em dias normais não falaria - e falei. Fiquei com um desejo insano de vê-lo e enchê-lo de beijos e carinhos e mimos e abraços e mordidas. De sussurrar no ouvido dele tudo o que está preso aqui dentro de mim, de falar tudo o que penso, não importando o quão ridículo ele ache minhas palavras dramáticas. Deu vontade de fugir de casa, sumir por algumas horas, deixar todo mundo preocupado. Desligar o celular e ir pra praia, aproveitar o sol, não pensar em nada o dia todo. Talvez algumas pessoas precisem sentir minha falta e ficar loucos de preocupação pra perceberem que na verdade se importam comigo, que gostam de mim. Ah, mas hoje... Quis fazê-lo sentir ciúmes e brigar comigo, só pra sentir depois o gostinho da reconciliação. Quis fazê-lo me odiar muito, só pra depois poder reconquistá-lo novamente. Deu-me vontade de ser grossa com as pessoas, de esquecer essa coisa de ter que ser tão educada sempre, fiquei com um desejo de explodir e ser o mais sincera possível, falar tudo o que viesse a mente. Resolvi não ir à aula, passar a tarde vendo televisão e comendo, ficar no computador até tarde falando com quem me desse na telha. Senti falta de dias que deixei passar e de coisas que poderia ter feito. Falta de pessoas que foram embora e não retornaram. Hoje eu percebi que muita gente passou na minha vida, apenas passou, e agora não faço ideia de onde estão, como estão. Percebi que posso desejar com todo meu coração, mas certas pessoas não retornam, certos dias não se repetem, o tempo não volta. E não há nada que eu possa fazer.

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