quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Do I need to say something else?


Ainda não superei certas ideias que correm na minha cabeça. Uma delas insiste em vir à tona toda vez que te vejo, que dá aquele friozinho na barriga, o coração dispara. Talvez ele não seja o cara certo pra você. Essa frase me tira do sério. Já não sei se é um mecanismo de defesa que automaticamente tenta me afastar de todos os homens que chegam perto, principalmente esses que me deixam sem fôlego, que me tiram o sono, que mexem com meu coraçãozinho já tão sofrido. Até pode ser. E junto com tudo isso, lembro-me de quantos caras eu nem sequer olhei ou deixei falar por simples medo de me apaixonar – e consequentemente sofrer de novo. Talvez eu esteja procurando pela coisa errada. Procuro por alguém que goste de mim a ponto de não olhar mais ninguém quando caminhar na rua. Alguém que me faça rir, não me deixe chorar, não brigue comigo, me mime. Que fique no telefone por horas comigo até que eu durma, e ainda me sussurre boa noite sabendo que já não estou ouvindo. Procuro um cara que não me faça sofrer jamais, que evite todas as conversas que eu não goste, que queira um futuro parecido com o meu. Que seja moreno, alto e bonito. Que me procure todo dia, seja por uma ligação, uma mensagem, pelo computador ou uma simples visita. Que diga que me ama e que sente saudades sempre que ficarmos sem nos ver.
E chamamos isso de cara certo. Ideal, perfeito, tudo de bom. E na verdade, não é nada disso. Todos nós procuramos pela pessoa errada. Alguém pra brigar, e depois fazer as pazes, que é a melhor parte. Alguém que te diga “não” pra algo que você queira muito, sabendo que é o melhor pra você. Procuramos alguém que olhe sim pras outras mulheres, para nos trazer uma ponta de ciúmes e insegurança, e depois ouvir que nenhuma delas se compara a você e o quanto é sortudo por te ter do lado. Queremos uma pessoa que não te procure todo dia, muito pelo contrário, que passe um, dois, três dias sem te contatar, pra quando for atrás, o encontro ser muito mais verdadeiro, pra dar tempo de sentir saudade. Que não fale eu te amo todos os dias, mas que quando fale, sejam as melhores palavras e mais esperadas. Alguém que insista em conversar sobre o que você tem medo, para que o perca. Que queira tudo diferente de você, para terem o que discutir, o que combinar, o que evoluir. Juntos. No fim, ele pode ser loiro, nem tão alto assim, e com uma beleza que além de física, seja construída pelas qualidades e defeitos também. Uma pessoa que não te deixe dormir a noite, que te faça fugir de casa, fazer loucuras que nunca imaginaria que fosse fazer. A pessoa certa. Ou melhor enquadrando-se: a pessoa errada.

Um comentário:

  1. a pessoa certa vira no momento errado, ou não...
    não existem pessoas certas mas sim as que mais se encaixam no seu padrão de pensamento ideológico.

    ResponderExcluir